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IPCA vai a 0,52% em dezembro e fecha o ano em 4,83%

Em dezembro de 2023, a variação havia sido de 0,56%. O IPCA fechou o ano com alta acumulada de 4,83%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,52%, ficando 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,39%). Em dezembro de 2023, a variação havia sido de 0,56%. O IPCA fechou o ano com alta acumulada de 4,83%.

Período Taxa
Dezembro 2024 0,52%
Novembro 2024 0,39%
Dezembro 2023 0,56%
Acumulado no ano / 12 meses 4,83%

À exceção do grupo Habitação (-0,56%), os demais grupos de produtos e serviços tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,18%) e o maior impacto (0,25 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, seguido por Transportes, com alta de 0,67% e 0,14 p.p. O grupo Vestuário (1,14%) teve a segunda maior variação em dezembro, após o recuar 0,12% em novembro.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Novembro Dezembro Novembro Dezembro
Índice Geral 0,39 0,52 0,39 0,52
Alimentação e bebidas 1,55 1,18 0,33 0,25
Habitação -1,53 -0,56 -0,24 -0,08
Artigos de residência -0,31 0,65 -0,01 0,02
Vestuário -0,12 1,14 0,00 0,05
Transportes 0,89 0,67 0,18 0,14
Saúde e cuidados pessoais -0,06 0,38 -0,01 0,05
Despesas pessoais 1,43 0,62 0,14 0,06
Educação -0,04 0,11 0,00 0,01
Comunicação -0,10 0,37 0,00 0,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O grupo Alimentação e bebidas teve seu quarto aumento consecutivo (1,18%) em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,17%, influenciada pelas altas das carnes (5,26%), com destaque para costela (6,15%), alcatra (5,74%) e contrafilé (5,49%), além do óleo de soja (5,12%) e do café moído (4,99%). Já as quedas em destaque foram limão (-29,82%), batata-inglesa (-18,69%) e leite longa vida (-2,53%).

A alimentação fora do domicílio (1,19%) acelerou ante o mês anterior (0,88%), com a refeição (1,42%) sendo o subitem com a maior contribuição individual (0,05 p.p.), seguido do lanche com 0,96% de variação e 0,02 p.p. de contribuição.

No grupo dos Transportes (0,67%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços do transporte por aplicativo (20,70%) e das passagens aéreas (4,54%). Os combustíveis aumentaram 0,70%, com as seguintes variações: etanol (1,92%), óleo diesel (0,97%), gasolina (0,54%) e gás veicular (0,49%).

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,65%) foi influenciada pela gratuidade nas tarifas no dia 25 de dezembro em São Paulo (-3,45%). O trem (3,77%) e o metrô (3,90%) tiveram altas por conta da incorporação de gratuidades concedidas nos dias do ENEM em novembro, em São Paulo (7,07% em ambos os subitens).

No grupo Habitação (-0,56%), a energia elétrica residencial recuou 3,19%, influenciada pelo retorno, em dezembro, da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional nas contas. Em novembro, estava em vigor a bandeira tarifária amarela, que acrescentava R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em Rio Branco (-4,33%), houve reajuste nas tarifas de -4,50%, a partir de 13 de dezembro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,70%) foi influenciada pelo reajuste de 9,83% no Rio de Janeiro (9,15%), a partir de 1º de dezembro. Já o subitem gás encanado (-0,01%) reflete a redução de 0,51% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,03%), com vigência a partir de 1º de novembro.

A maior variação regional foi em Salvador (0,89%), influenciada pela alta das carnes (7,31%) e da gasolina (4,04%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (0,25%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-2,41%).

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Salvador 5,99 0,28 0,89 4,68
Goiânia 4,17 0,41 0,80 5,56
São Luís 1,62 0,33 0,71 6,51
Aracaju 1,03 0,24 0,67 4,81
Fortaleza 3,23 0,44 0,65 4,92
Belém 3,94 0,46 0,63 4,70
Rio de Janeiro 9,43 0,49 0,58 4,69
Rio Branco 0,51 0,92 0,53 4,91
Vitória 1,86 0,16 0,52 4,26
São Paulo 32,28 0,40 0,52 5,01
Porto Alegre 8,61 0,03 0,50 3,57
Curitiba 8,09 0,39 0,46 4,43
Campo Grande 1,57 0,63 0,43 5,06
Recife 3,92 0,42 0,34 4,36
Brasília 4,06 0,30 0,26 3,93
Belo Horizonte 9,69 0,57 0,25 5,96
Brasil 100,00 0,39 0,52 4,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de outubro a 28 de novembro de 2024 (base).

INPC vai a 0,48% em dezembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em dezembro, 0,15 p.p. acima do resultado de novembro (0,33%). Em dezembro de 2023, a taxa foi de 0,55%. Os produtos alimentícios desaceleraram de novembro (1,62%) para dezembro (1,12%). A variação dos não alimentícios passou de -0,08% em novembro para 0,27% em dezembro.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Salvador (0,84%), influenciada pela alta das carnes (6,87%) e da gasolina (4,04%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (0,22%), por conta do recuo da batata-inglesa (-26,29%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Salvador 7,92 0,30 0,84 4,38
Goiânia 4,43 0,52 0,69 5,74
São Luís 3,47 0,33 0,63 6,20
Rio de Janeiro 9,38 0,57 0,60 4,56
Rio Branco 0,72 0,89 0,57 5,36
Aracaju 1,29 0,28 0,57 4,80
Fortaleza 5,16 0,47 0,57 4,76
Campo Grande 1,73 0,75 0,52 5,21
Belém 6,95 0,27 0,50 4,65
Curitiba 7,37 0,29 0,46 4,64
Vitória 1,91 -0,01 0,44 4,46
São Paulo 24,60 0,24 0,43 4,70
Porto Alegre 7,15 -0,02 0,39 3,63
Recife 5,60 0,33 0,37 4,06
Brasília 1,97 0,15 0,29 4,28
Belo Horizonte 10,35 0,48 0,22 6,08
Brasil 100,00 0,33 0,48 4,77
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 27 de dezembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de outubro a 28 de novembro de 2024 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

IPCA acumula alta de 4,83% em 2024

O IPCA encerrou o ano com variação de 4,83%, 0,21 p.p. acima dos 4,62% registrados em 2023. Na tabela abaixo, pode-se observar as variações mensais do índice em 2024:

Mês Variação (%)
Mês Trimestre Ano
Janeiro 0,42 0,42
Fevereiro 0,83 1,25
Março 0,16 1,42 1,42
Abril 0,38 1,80
Maio 0,46 2,27
Junho 0,21 1,05 2,48
Julho 0,38 2,87
Agosto -0,02 2,85
Setembro 0,44 0,80 3,31
Outubro 0,56 3,88
Novembro 0,39 4,29
Dezembro 0,52 1,48 4,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O resultado de 2024 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (7,69%), que teve o maior impacto (1,63 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%), com impactos de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente. Os três grupos juntos responderam por, aproximadamente, 65% do resultado do ano.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2023 2024 2023 2024
Índice Geral 4,62 4,83 4,62 4,83
Alimentação e bebidas 1,03 7,69 0,23 1,63
Habitação 5,06 3,06 0,77 0,47
Artigos de residência 0,27 1,31 0,01 0,05
Vestuário 2,92 2,78 0,14 0,13
Transportes 7,14 3,30 1,46 0,69
Saúde e cuidados pessoais 6,58 6,09 0,86 0,81
Despesas pessoais 5,42 5,13 0,55 0,52
Educação 8,24 6,70 0,46 0,39
Comunicação 2,89 2,94 0,14 0,14
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (7,69%) foi influenciado pela alta nos preços da alimentação no domicílio (8,23%). Os destaques principais foram as carnes (20,84% e 0,52 p.p.), o café moído (39,60% e 0,15 p.p.), o leite longa vida (18,83% e 0,13 p.p.) e as frutas (12,12% e 0,14 p.p.). No que se refere às carnes, foram registrados recuos em seis dos doze meses de 2024. Os preços do café moído apresentaram trajetória de alta ao longo de todo o ano.

No mesmo sentido, a alimentação fora do domicílio subiu 6,29%, sobressaindo a refeição, com aumento de 5,70% e 0,20 p.p. de impacto, e o lanche (7,56% e 0,13 p.p. de impacto).

Em Saúde e cuidados pessoais (6,09%), a maior contribuição (0,31 p.p.) veio do plano de saúde (7,87%). Em junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos (posteriores à lei nº 9.656/98) em 6,91% para o período de maio de 2024 a abril de 2025. A partir de outubro, passaram a ser incorporadas as frações referentes aos planos antigos, com vigência retroativa a partir de julho. Destacam-se, ainda, a alta de 5,95% dos produtos farmacêuticos - em 31 de março de 2024, passou a valer o reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos – e de 4,22% nos itens de higiene pessoal.

Nos Transportes (3,30%), destaca-se a alta da gasolina (9,71%), subitem de maior peso (4,96%) entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e responsável pelo maior impacto (0,48 p.p.) em 2024. Na sequência, sobressaem o etanol (17,58% e 0,10 p.p.), o conserto de automóvel (5,88% e 0,10 p.p.) e o automóvel novo (2,85% e 0,09 p.p.).

Em Habitação (3,06%), as principais contribuições positivas vieram do condomínio (6,25% e 0,14 p.p.), do aluguel residencial (3,45% e 0,13 p.p.), da taxa de água e esgoto (5,17% e 0,10 p.p) e do gás de botijão (7,04% e 0,09 p.p.). A energia elétrica residencial, segundo subitem de maior peso no IPCA, fechou o ano com redução de 0,37%.

Cabe ressaltar que em 2024 vigoraram todas as bandeiras tarifárias: Bandeira verde (sem cobrança de tarifa): janeiro a junho, agosto e dezembro; Bandeira amarela (adicional de RS1,885 a cada 100 Kwh): julho e novembro; Bandeira vermelha patamar 1 (adicional de RS4,463 a cada 100 Kwh): setembro; Bandeira vermelha patamar 2 (adicional de RS7,877 a cada 100 Kwh): outubro.

São Luís (6,51%) foi a área com a maior variação em 2024, influenciada principalmente pelas altas da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Porto Alegre (3,57%), com destaque das quedas da cebola (-42,47%), do tomate (-38,58%) e das passagens aéreas (-16,94%).

Região Peso
Regional (%)
Variação anual (%)
2023 2024
São Luís 1,62 1,70 6,51
Belo Horizonte 9,69 5,05 5,96
Goiânia 4,17 3,82 5,56
Campo Grande 1,57 4,76 5,06
São Paulo 32,28 4,97 5,01
Fortaleza 3,23 4,88 4,92
Rio Branco 0,51 4,62 4,91
Aracaju 1,03 3,94 4,81
Belém 3,94 4,82 4,70
Rio de Janeiro 9,43 4,29 4,69
Salvador 5,99 4,48 4,68
Curitiba 8,09 4,18 4,43
Recife 3,92 3,18 4,36
Vitória 1,86 5,10 4,26
Brasília 4,06 5,50 3,93
Porto Alegre 8,61 4,63 3,57
Brasil 100,00 4,62 4,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

INPC fecha 2024 em 4,77%

A alta acumulada do INPC em 2024 foi de 4,77%, 1,06 p.p. acima dos 3,71% registrados em 2023, com os produtos alimentícios registrando alta de 7,60%, enquanto os não alimentícios variaram 3,88%. Em 2023, as variações foram, respectivamente, 0,33% e 4,83%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2023 2024 2023 2024
Índice Geral 3,71 4,77 3,71 4,77
Alimentação e bebidas 0,33 7,60 0,08 1,83
Habitação 4,72 2,84 0,81 0,49
Artigos de residência -0,02 1,41 0,00 0,06
Vestuário 2,97 2,69 0,17 0,15
Transportes 6,03 3,77 1,15 0,74
Saúde e cuidados pessoais 5,46 5,43 0,63 0,63
Despesas pessoais 5,34 5,88 0,41 0,46
Educação 8,10 6,66 0,33 0,28
Comunicação 2,63 2,68 0,13 0,13
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em São Luís (6,20%), especialmente por conta das altas das carnes (15,10%) e da gasolina (14,24%). A menor variação ocorreu em Porto Alegre (3,63%), cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços da cebola (-42,47%) e do tomate (-38,58%).

Região Peso Regional (%) Variação anual (%)
2023 2024
São Luís 3,47 1,62 6,20
Belo Horizonte 10,35 4,50 6,08
Goiânia 4,43 3,54 5,74
Rio Branco 0,72 4,52 5,36
Campo Grande 1,73 4,20 5,21
Aracaju 1,29 3,30 4,80
Fortaleza 5,16 4,87 4,76
São Paulo 24,60 3,43 4,70
Belém 6,95 4,97 4,65
Curitiba 7,37 3,88 4,64
Rio de Janeiro 9,38 3,46 4,56
Vitória 1,91 3,68 4,46
Salvador 7,92 3,76 4,38
Brasília 1,97 3,85 4,28
Recife 5,60 2,39 4,06
Porto Alegre 7,15 3,68 3,63
Brasil 100,00 3,71 4,77
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

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