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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (3) que o Censo entrevistou 104.445.750 de pessoas, em 36.567.808 domicílios no país, o que representa 49% da população estimada.
Desse total, 42% estavam no Sudeste; 27% no Nordeste; 14,3% no Sul; 8,9% no Norte e 7,8% no Centro-Oeste. Até o momento, 48% da população recenseada era de homens e 52% de mulheres.
De acordo com o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte, 2,27% dos domicílios se recusaram a responder, percentual que espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.
Em relação ao tipo de questionário, 88,2% dos domicílios responderam ao questionário básico e 11,8% ao ampliado, percentual consistente com a amostra definida pelo IBGE.
O tempo médio de preenchimento tem sido de 6 minutos para o questionário básico e de 16 minutos para o questionário ampliado.
A maior parte dos questionários (99,5%) foi respondida de forma presencial, sendo que 81.620 domicílios optaram por responder pela internet e 85.309 pelo telefone.
Vale lembrar que responder ao IBGE é uma obrigação legal de todo brasileiro e quem se negar a passar as informações solicitadas pode ser multado.
De acordo com o procedimento padrão, ao se recusar a receber o recenseador, o morador recebe uma notificação. Se insistir na recusa, ele pode ser multado em até dez vezes o valor do salário mínimo.
A supervisora do IBGE, Isailda Barros, responsável pelas notificações aos moradores em um posto da capital pernambucana, lamenta a postura dos brasileiros.
“O recenseador vem todo trajado, com um crachá que tem o QR Code que mostra o nome dele, o documento dele, confirmando que ele é do IBGE. A gente sabe que todo mundo hoje em dia está inseguro, mas a gente tem que receber o IBGE, tem que terminar o Censo”, explicou.
Outro problema é a dificuldade de falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais. Em todo o país, o IBGE conta com 95.448 recenseadores em ação, 52,2% do total de vagas disponíveis.
O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 36,8% do número de vagas ocupadas. Já Sergipe está com 68,8% dos postos ocupados.
“Estamos pensando em novas estratégias e alternativas de recrutamento, a fim de alavancar e melhorar a produtividade nos estados com menor percentual de população recenseada”, afirma o gerente.
Do total de 452.246 setores censitários urbanos e rurais do país, 282.838 estão sendo trabalhados no momento (62,54% do total).
O estado mais adiantado em termos de percentual de setores trabalhados é Sergipe (80,78%), seguido por Rio Grande do Norte (79,69%) e Piauí (79,06%).
Já os estados de Mato Grosso (38,49%), Roraima (45,18%) e Acre (48,79%) são os que têm menor percentual de setores trabalhados.
Além disso, 860.358 indígenas (0,82% da população recenseada até agora) e 740.923 quilombolas (0,71%) já foram contados.
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