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Uma pesquisa feita pela Artur Lopes & Associados mostrou que 70% das empresas que pediram recuperação judicial entre 2012 e 2013 são familiares. O levantamento foi realizado em um universo de 100 companhias brasileiras que fazem parte da carteira de clientes da consultoria.
De acordo com Artur Lopes, especialista em recuperação judicial e autor do livro ‘Quem Matar na Hora da Crise’ (Ed. Évora), esse número é resultado do modelo de administração que essas empresas praticam no dia a dia. “Em muitos casos, pode-se observar que as companhias se transformam em pequenos feudos. Cada membro da família se sente dono da empresa e logo se vê na posição de não prestar contas de sua área”, diz.
Segundo Lopes, os conflitos – apesar de comuns no mundo corporativo – ganham proporções bem maiores quando a rusga envolve os membros da família. “Não é raro que atritos possam colocar um pai-presidente ou um tio-diretor-financeiro contra um filho-sobrinho-gerente”, comenta.
O especialista diz que o melhor momento para profissionalizar a gestão da companhia é antes que a crise familiar atinja uma proporção que torne insustentável a convivência entre os parentes envolvidos. “Geralmente, os empresários familiares costumam levar mais tempo para tomar uma decisão, pois muitos não conseguem sair desse círculo vicioso, o que pode ser fatal para o negócio”, diz Lopes.
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Atualizado em: 20/12/2024 20:59 |