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Os consumidores que optam pelas compras via internet são mais jovens e ganham mais que o dobro dos que preferem o varejo tradicional, constatou pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela E-bit, empresa de informações sobre comércio eletrônico.
De acordo com o levantamento, enquanto 80% dos adeptos às compras virtuais têm entre 25 e 59 anos, 66% dos consumidores de lojas encontram-se nessa faixa de etária. A renda média familiar do e-consumidor é de cerca de R$ 3.560, enquanto os que realizam suas compras offline ganham R$ 1.444.
O consumidor virtual recorre às lojas principalmente para escolher produtos que ele quer tocar e experimentar, como alimentos, roupas e perfumes. Esse comportamento aponta que há demanda para novas plataformas nos conceitos Web 2.0.
- As lojas que comercializam esse tipo de produto podem disponibilizar vídeos, opiniões de consumidores e imagens 3D para que seus clientes sintam-se mais confiantes - sugere o diretor geral da E-bit, Pedro Guasti.
Acostumados a utilizar o cartão de crédito nas compras, os e-consumidores também optam por essa forma de pagamento no varejo físico. Já quem compra apenas em lojas prefere pagar com dinheiro, exceto quando adquire produtos de maior valor, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
O consumidor tradicional ainda observa a internet como obstáculo, pois não se sente familiarizado com o meio eletrônico. Segundo o estudo, entre esse público, apenas 3% considerariam adquirir um eletrodoméstico pela web, mesmo não sendo esse o canal que costumam escolher para fazer compras.
Na primeira edição da pesquisa Cross Channel, feita em parceria com o Instituto Análise, foram ouvidos cerca de 6,5 mil consumidores durante o mês de março. O objetivo do levantamento, que será feito regularmente, é analisar o comportamento do consumidor que compra na internet e no varejo tradicional.
Atualmente, o comércio eletrônico conta com mais de 17,5 milhões de consumidores no pais e registrou faturamento de R$ 10,6 bilhões em 2009.