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Plano estratégico organizado, equipe motivada, cargos definidos, hierarquia delimitada e fluxo de caixa confortável, tudo definido e organizado, porém mesmo assim sua empresa não decola. O que está errado? Será hora de reinventar o negócio, contratar soluções externas para investigar o problema ou insistir no esquema? A solução pode ser mais simples do que aparenta, o feedback.
Segundo dados da revista americana Fortune, em 2007 as empresas investiram cerca de U$$ 8 bilhões em práticas de coaching, ou seja, em métodos que estimulam os colaboradores a estabelecer metas estratégicas alinhadas com o planejamento estratégico da organização, o que gera desenvolvimento contínuo e obviamente o feedback constante.
Algumas dificuldades encontradas pelas empresas são criadas involuntariamente pela própria organização, que no intuito de organizar, acelerar e desburocratizar procedimentos acaba obtendo resultados inversamente proporcionais aos seus esforços. Contra esse mal o feedback interno é uma prática fácil e acessível nas soluções para os problemas.
O ‘retorno’ ou ‘resposta’ é um elemento orientador dentro da empresa e serve para auxiliar o profissional a gerenciar alguns elementos de sua performance como motivação, empenho e desenvolvimento no trabalho, tanto para o profissional quanto para a empresa. Ele age como um monitor constante e uma avaliação direta da eficiência e eficácia das tarefas e das ferramentas usadas pela organização.
O feedback tem a capacidade de alertar, corrigir, ajustar e orientar as tarefas dos colaboradores da empresa através da própria análise interna de falhas ou até mesmo propagar e divulgar ações assertivas geradoras de benefício para a organização.
Inteligível e aplicável a toda hierarquia da empresa, a democracia é o aspecto mais marcante na sua utilização, sugestões e análises podem partir desde um superior imediato até o subordinado, além é claro da auto-reflexão.
Por que as empresas normalmente recorrem a consultorias e análises internas para auxiliarem na solução de seus problemas?
O tabu e o paradigma criados em torno da utilização do feedback nas empresas é o principal entrave para o desenvolvimento de uma política focada na troca constante de informações. Dificuldades como a falta de preparo para discutir as falhas, baixo nível de autocrítica, desprovimento de confiança por parte dos profissionais são fatores que dificultam a prática, aliado ao uso indevido do feedback como forma de coação por parte das hierarquias superiores e a sua inversão de função, quando manipulado intencionalmente para prejudicar alguém.
Enquanto a política das empresas e dos profissionais forem pautadas pela mediocridade e pelo medo, o feedback será um sonho distante dentro das organizações. É necessária disposição da parcela de profissionais capazes e confiantes para empreender na queda do muro da desconfiança que separa empresas modernas e comprometidas com o crescimento e desenvolvimento próprio e de seus profissionais, das que têm o compromisso enraizado nas políticas autoritárias e totalitaristas do passado.
A solução para o feedback dentro das organizações, antes de mais nada, passa pela coragem individual de cada um expressar o que tem de melhor, em prol do crescimento do conjunto e do desenvolvimento profissional próprio.
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Atualizado em: 29/11/2024 11:51 |