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A nova era da gestão patrimonial: da proteção à oportunidade em um mundo volátil

*Cassio Zeni, cofundador e Diretor de Relações com Investidores da Rubik Capital

Autor: De Assessoria de ImprensaFonte: Cassio Zeni

Quando falamos de gestão de patrimônios, estamos tratando do processo de administrar e proteger os ativos financeiros e não financeiros de indivíduos ou famílias, com o objetivo de preservá-los e aumentá-los ao longo do tempo. Parece muito simples, mas a grande questão que devemos refletir sobre isso é que não envolve apenas a escolha de investimentos adequados, mas também a implementação de estratégias que contemplem diversos fatores, como a atual realidade de incertezas.

Vivemos em um cenário volátil e imprevisível, com tensões geopolíticas, guerras acontecendo na Europa e no Oriente Médio, instabilidade política em várias partes do mundo (incluindo o Brasil) e as consequências inflacionárias da pandemia de Covid-19. A própria posição dominante dos Estados Unidos neste contexto traz todos os tipos de implicações para o mercado global, influenciando diretamente as políticas monetárias e fiscais em todo o mundo e a confiança dos investidores.

Todas essas são questões que precisam ser consideradas em uma boa gestão de patrimônio realizada nos dias de hoje. Nesse sentido, a personalização é o caminho para estabelecer um viés estratégico e amplo, que evite que os gestores fiquem descompassados dos seus clientes e das nuances do mercado.

Das opções de investimentos às estratégias para protegê-los
Em resumo, os investidores podem escolher duas opções de investimentos: as tradicionais e as alternativas. No primeiro campo, as ações de empresas sólidas e resilientes, além dos títulos de renda fixa que oferecem prêmios atrativos em um cenário de altas taxas de juros reais, continuam sendo escolhas sensatas. Os fundos que se destacam em performance e gestão de risco também merecem atenção.

Já o segundo abrange imóveis, participações em empresas não listadas e negócios específicos, onde o gestor possui mais proximidade e acompanhamento nas decisões dessas empresas, trazendo mais segurança para os clientes. Embora menos líquidas, essas alternativas muitas vezes podem oferecer excelentes retornos em momentos de incerteza, desde que bem administradas.

No entanto, em qualquer um dos casos, os envolvidos precisam entender que há um elemento mais importante do que a seleção ativos em si: a relação com os perfis dos investidores. Sem o direcionamento adequado de acordo com o comportamento de cada um, muitos podem sucumbir ao pânico ou tomar decisões impulsivas que comprometem o crescimento de longo prazo do seu patrimônio. Não à toa, é comum vermos vieses psicológicos como a ancoragem e a aversão à perda impactando negativamente muitas pessoas.

Outro ponto que também é inerente à modalidade de investimento escolhida é a busca por uma gestão ativa e especializada. Diferente da gestão passiva, geralmente oferecida por bancos e corretoras, procurar a ajuda profissional de gestores experientes ou Multi Family Offices tende a diversificar portfólios e mitigar riscos, ações ideais para tempos incertos.

Vamos pegar como um exemplo prático onde uma família que possui um patrimônio elevado contrata uma gestora de recursos independente, no caso um Multi Family Office. Essa família pode aproveitar a estrutura para otimizar o resultado de seus negócios através de movimentos estratégicos, muitas vezes fazendo hedging de suas operações dentro dos fundos exclusivos pertencentes a família. Outro ponto importante é a viabilidade de uma uma estrutura de investimentos offshore e outros ativos alternativos que apresentam taxas internas de retorno acima da média. Assim, maximizam os seus ganhos e resguardam as suas posses de maneira inteligente.

O que veremos no futuro?
A adaptação feita a partir do monitoramento de tendências e eventos globais fazem parte do futuro da gestão de patrimônio. E, uma vez que o cenário mundial não deve trazer tantas certezas tão cedo, provavelmente veremos cada vez mais transformações ocorrendo nesse segmento.

Isso porque as grandes instituições financeiras seguem trabalhando o patrimônio de seus clientes de forma massificada e representadas por bankers que, embora tenham conhecimento do mercado, não possuem uma expertise de gestão propriamente dita. Além disso, muitas vezes dependem de especialistas que são interlocutores com esta área, criando uma lacuna de comunicação e, consequentemente, acarretando em resultados não tão qualificados.

Portanto, as famílias precisarão de outro tipo de apoio, mais especializado, para manter a resiliência e preparar suas estruturas para a adaptabilidade. Só assim poderão aproveitar as oportunidades que surgem em tempos de incerteza, nos quais o patrimônio precisa crescer e ser protegido de forma simultânea.

*Formado em Relações Internacionais, com MBA em Gestão fInanceira, Controladoria e Auditoria, pela Fundação Getúlio Vargas e certificação CFP® (Certified Financial Planner), Zeni iniciou a carreira no Banco do Brasil, passou pelo grupo Confidence Travelex e ao longo de 19 anos consolidou sua expertise em bancos como Citibank, HSBC, Itaú e Safra.

Como idealizador da Rubik Capital, desde 2020 é um dos responsáveis pelo relacionamento com investidores, com foco em atender as necessidades dos clientes de forma estratégica e eficaz.

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Atualizado em: 20/12/2024 20:59