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O presidente francês Emmanuel Macron dissolveu o Parlamento e anunciou novas eleições, decisão tomada em resposta à vitória da ultradireita, de Marine Le Pen, que se opõe à União Europeia. A dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições representam, segundo Macron, uma crise política interna.
Neste domingo, os eleitores dos 27 países da União Europeia elegeram 720 legisladores para o Parlamento Europeu para os próximos cinco anos, de acordo com a Reuters. Liderado pelo ultradireitista Jordan Bardella, o Reunião Nacional obteve cerca de 32% dos votos na eleição, mais que o dobro dos 15% da chapa de Macron, conforme as primeiras pesquisas apuradas pela agência de notícias.
“Investidores buscam estabilidade e, diante da ascensão da ultradireita e da incerteza política, podem reavaliar os riscos. Isso pode aumentar os custos dos empréstimos para a França e pressionar ainda mais sua economia”, explica Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial.
Em Janeiro, Macron disse com insistência à Comissão Europeia que é “impossível” concluir as negociações para um acordo de livre comércio com o Mercosul, eixo em que o Brasil está, e exigiu que todas negociações fossem encerradas. “A França tem sido o principal obstáculo para o fechamento de acordos entre a União Europeia e o Mercosul. A recente decisão de Macron intensifica a incerteza política e econômica, levando a França possivelmente a adotar uma postura ainda mais protecionista”, diz Luciano.
Para o empresário, a instabilidade política na França pode ter efeitos indiretos significativos sobre o crédito internacional disponível para empresas brasileiras. "A instabilidade política e a ascensão de políticas protecionistas na França podem levar investidores a reverem seus portfólios, afetando a liquidez global e o acesso ao crédito", comenta.
Além das implicações políticas, a dissolução do Parlamento francês destaca a importância do crédito internacional para as empresas brasileiras. "Em um cenário de incerteza global, o Crédito Internacional é uma ferramenta poderosa para empresas e indústrias brasileiras que precisam de uma salvação. Com um faturamento mínimo médio de R$ 24 milhões a R$ 3 bilhões ao ano, ou demonstrando capacidade financeira e garantias adequadas, as empresas podem acessar linhas de crédito que variam de 3 milhões a 300 milhões de dólares por operação. Nosso objetivo é salvar empresas", afirma Luciano Bravo.
Ele acrescenta que a disparidade no acesso ao crédito entre o Brasil e outras potências econômicas, como os EUA, reflete diretamente na capacidade de investimento e crescimento do país. Enquanto os EUA investem maciçamente em infraestrutura, tecnologia e inovação, o Brasil enfrenta obstáculos significativos devido à falta de crédito acessível para empresas e empreendedores. "O cenário impacta a competitividade das empresas brasileiras no mercado global. Embora o cenário seja precário, há uma chance de mudar isso com o ACI (Aporte de Crédito Internacional)", conclui Luciano.
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