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O mercado de investidores e sociedade em geral está cobrando uma postura mais realista de profissionais e das empresas, e essa cobrança está obviamente ligada a diversas varáveis dentre elas o respeito á TRANSPARÊNCIA.
Com a utilização da tecnologia a gestão empresarial tem comprovado que qualquer informação financeira ou contábil está a um passo de um click no teclado, o que demonstra e comprova o grande avanço que os sistemas tem alcançado.
No momento em que a gestão empresarial optar por uma transparência em suas ações devidamente respaldadas na mensuração da contabilidade, poderá qualquer gestor, executivo, acionista, socio, forneceder, cliente, investidor, administrador ou interessado identificar com plenitude o que deseja daquela empresa, passando a avaliá-la sob ótica individual.
O conhecimento em informática é bastante salutar para a pesquisa desejada, desde que a empresa insira no seu sitie os demonstrativos financeiros e contábeis da empresa.
Obstante a esse fato, registro no presente artigo que grande número de empresas não tem um sitie especifico ou quando o tem não insere seus demonstrativos financeiros e contábeis, o que dificulta muito as informações sobre essas empresas.
É realmente salutar e desejável que a empresa que deseja aplicar a TRANSPARENCIA em sua gestão, que tanto fala de qualidade, que tem melhores produtos ou serviços, passa uma mensagem de que tem responsabilidade social e ambiental, e demais fatos, possam fazê-lo inserindo citados demonstrativos em seu sitie.
Sugiro aos leitores que acessem os sitie de empresas de sua região e observem que em sua maioria não se encontram os demonstrativos financeiros nem os contábeis.
Essa estratégia de não publicar os demonstrativos financeiros ou contábeis no sitie da empresa, pode ser interpretada como um fator negativo para o conceito dessa empresa, já que a mesma tem sede e colaboradores na cidade onde se estabelece a matriz ou filial, já que algumas estão obrigadas á publicação e outras não estão obrigadas.
Devemos entender que o crescimento e sustentabilidade da empresa, passa pelo conhecimento de suas ações na sociedade que a mesma está inserida.
No momento atual, a contabilidade constitui numa nova abordagem da gestão empresarial, conhecida como gestão de fluxos e vai alem da avaliação de seus próprios custos. Acreditamos que a meta da gestão de fluxos é organizar todo o processo em termos de fluxo de informações, estruturado de uma forma eficiente e orientado por objetivos, devidamente respaldadas no planejamento empresarial.
O Brasil tem toda a regulamentação necessária para esse acontecimento, o grande problema é a TRANSPARÊNCIA da gestão empresarial que está ainda com pensamento no século passado, onde o melhor é não informar para manter suas estratégias longe do fisco e da concorrência.
Com a crise financeira em evidência e demonstrando a sua fortaleza, sabemos que um dos derivativos motivadores foi exatamente a TRANSPARÊNCIA dos demonstrativos financeiros e contábeis aliados a incompetências de determinados profissionais, na busca insana de tirar melhor proveito dos investidores, que lamentavelmente não tem um conhecimento básico para discernir o joio do trigo.
Profissionais ainda existentes que demonstram pouca capacitação e qualificação, agregado a intenções outras, vitimaram não só os investidores, mas toda a sociedade do mundo que tem uma economia globalizada, e acredito que sabiam perfeitamente que um dia a verdade exigiria um preço muito elevado, para seu retorno.
Quaisquer sistema ou controle interno que a empresa possa adotar, principalmente a contabilidade, só apresentará importancia se houver um mínimo de transparência da gestão, caso contrário estaremos sempre exposto a futuras crises financeiras, ou ao desaparecimento da própria empresa, por motivos obvios.
Apesar dos setores terem sistemas individuais, tais como o Setor Fiscal, Setor de Pessoal, Setor de Contabilidade, Setor de Vendas, Faturamento, Cobrança, Estoques, Politica de Compras, Gestão de Custos, PCP, P & D, Precificação, Customização, Fluxo de Caixa, Planejamento e Controle Financeiro e demais controles, precisam se aglutinar e serem aferidos para refletir com positividade a transparência na contabilidade gerencial.
Qualquer fiscalização por mais amadora que seja, sabe que a empresa tem problemas no controle interno, no financeiro, nos estoques, no passivo descoberto, na customização, na precificação e demais, podendo encobrir fatos muito mais graves e que podem fatalmente descontrolar seus objetivos e principalmente seu planejamento empresarial.
Também é fato que o profissional deve possuir o mínimo de conhecimento especifico e esteja o mesmo antenado com as modernas e melhores técnicas existentes, podendo assim oferecer as melhores sugestões para suas empresas cleintes, que podem a qualquer momento ser alcançado pelo fisco com autuações de valores exorbitantes, caso não se comprove citadas competências.
É preocupante a exigência do fisco através da legislação tributária, tais como o SPED – Fiscal, Contábil, N F Eletrônica, o advento da Lei No.11.638/2007, e suas graves modificações na adoção do princípios do IFRS, sem que o profissional de contabilidade tenha a capacitação e qualificação necessária mínima de entendimento de suas exigências.
Ressalto que mesmo com a informação da existência de normas diferenciadas para atendimento a contabilidade das micros e pequenas empresas, isso só comprova o tratamento difereciado e o registro da distância existente da sapiência de uma contabilidade moderna e atualizada.
Devemos entender como tratamento diferenciado e personalizado a descriminação dos novos diplomas legais, quando tratam as regiões menos favorecidas?
A distância geográfica das regiões citadas (Norte e Nordeste) para as demais regiões se comprovam no referido ato, deixando claro que as empresas e profissionais dessas regiões tem sua importância identificada com certa restrição.
Por acaso a contabilidade das grandes empresas inseridas nas regiões mais economicamente identificadas é diferente das demais regiões?
É preferível manter essa descriminação para se ter melhor controle politico, econômico, social, dessas pobres regiões?
Entendo que todo tratamento diferenciado tende a nivelar por baixo e a estabelecer controles determinados de empresas e profissionais, mesmo que o clamor insano de alguns não possa alcançar esse fato, isso só comprova sua limitação de conhecimento, capacitação e qualificação.
É bem verdade que o tema do referido artigo sobre a importancia da contabilidade como instrumento para o crescimento e sustentabilidade das empresas e da economia nela inserida, represente um fato importante para a TRANSPARÊNCIA, mas inegavelmente precisamos de normas e regulamentos comuns ás demais regiões, pois a cada tentativa de personalizar as regiões mais pobres, pode ser entendida como fator negativo e inibidor desse crescimento.
ELENITO ELIAS DA COSTA
Contador, Auditor, Analista Econômico e Financeiro, Assessor e Consultor de Empresas, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado
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Atualizado em: 20/12/2024 20:59 |